quarta-feira, abril 04, 2018

Greve cancelou 494 comboios da CP até às 20h00 mas 60% das viagens foram feitas na passada 2ª feira


A greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal levou a que 494 comboios da CP fossem suprimidos até às 20h00 da passada segunda-feira, tendo sido mais afetadas as ligações de longo curso e as regionais.

A greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) levou a que 494 comboios da CP fossem suprimidos até às 20h00 da passada segunda-feira, tendo a sido mais afetadas as ligações de longo curso e as regionais. Num ponto de situação feito pela porta-voz da CP após as 20h00, Ana Portela indicou à agência Lusa que foram feitas cerca de 60% das viagens de comboio programadas. No total, foram realizados 754 comboios, enquanto foram suprimidos 494. 
Os principais afetados mantiveram-se durante todo o dia os comboios de longo curso (os Alfa e Intercidades) e os regionais. Nos urbanos de Lisboa e do Porto, a circulação manteve níveis elevados, com 85% e 74% dos comboios realizados, respectivamente, segundo a porta-voz da CP. Da parte da Fertagus, a porta-voz Raquel Santos indicou à agência Lusa que a circulação dos comboios foi feita sem perturbações desde as 9h00, com todos os comboios a circular. Até às 9h00, a greve obrigou a suprimir 19 dos 34 comboios suburbanos previstos realizar pela Fertagus. 
Ao meio-dia da passada segunda-feira, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) estimava uma adesão “muito positiva” de cerca de 80% à greve, mas admitia que vários comboios circulavam devido a um “sistema antigreve” da IP. Os trabalhadores da IP cumpriram na passada segunda-feira um dia de greve, depois de uma tentativa de acordo falhado com o Governo e a administração da IP, que envolve nomeadamente aumentos salariais. 
A empresa queria serviços mínimos correspondentes a 25% do número de composições habituais de transporte de passageiros, mas o tribunal arbitral entendeu não decretar este serviço face à curta duração da greve e por haver transportes alternativos. Na lista de serviços mínimos estavam apenas, por exemplo, os comboios que se encontrassem em marcha à hora do início da greve, os “serviços necessários à movimentação dos ‘comboios socorro'” e “os serviços urgentes relativos ao transporte de mercadorias perigosas e bens perecíveis”. 
Entretanto, a Fectrans considerou que o Governo e a administração da Infraestruturas de Portugal (IP) “fugiram” a um acordo, no sábado, aquando da reunião que decorreu no Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, com os representantes do Governo, da IP e sindicatos. Segundo a Fectrans, após várias propostas e contrapropostas de aumentos, ficou acordada uma valorização salarial de “20 euros durante 11 meses e 25 euros no último mês, sendo este valor a integrar a tabela salarial em janeiro próximo, mas pago durante 14 meses”. 
Porém, “ao passar ao papel a discussão que estava efetuada, fomos confrontados com uma proposta de redação pouco clara, nomeadamente, não se assumia sem sombra de dúvidas o valor de 25 euros a transitar para a tabela, não se assegurava a garantia de aplicação do futuro Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) aos trabalhadores com vínculos à função pública, por fim, para compensar os trabalhadores da diferença, propuseram que estes passassem a ter mais uma dispensa, mas com perda e renumeração, o que neste ponto se tornou inaceitável”, garantiu a Fectrans. A IP é a empresa pública que resultou da fusão entre a Rede Ferroviária Nacional — REFER e a EP – Estradas de Portugal.

sábado, março 31, 2018

CP admite “fortes perturbações” na 2.ª feira devido à greve da IP


Não há serviços mínimos e nem transportes alternativos

A CP – Comboios de Portugal admite “fortes perturbações” na circulação ferroviária na próxima segunda-feira, devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), para a qual não foram assegurados serviços mínimos e não serão disponibilizados transportes alternativos. 
“Por motivo de greve convocada por diversas organizações sindicais da IP (gestor da infraestrutura ferroviária), a CP informa que se preveem supressões em todos os serviços no dia 02 de abril”, afirma a empresa num comunicado publicado hoje. 
A CP afirma que “não serão disponibilizados transportes alternativos” e recorda que não foram definidos serviços mínimos pelo tribunal arbitral. 
Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades e Regional que não se realizem, a CP vai permitir o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos, para outro dia/comboio. 
Os trabalhadores da IP mantêm a greve agendada para a próxima segunda-feira, após o Governo e os sindicatos não terem chegado a acordo. 
Os trabalhadores da IP reivindicam aumentos salariais, congelados desde 2009, o desbloqueio das negociações e acusam ainda empresa de ter efetuado cortes salariais nos últimos anos. 
Apesar de não adiantar valores, José Manuel Oliveira notou ainda que a proposta do Governo “ficou aquém” do esperado, sendo que os sindicatos já haviam reclamado aumentos salariais de 4%, com margem para negociação. 
O tribunal arbitral decidiu hoje que a greve de 24 horas dos trabalhadores da IP, marcada para segunda-feira, não terá serviços mínimos para os comboios de passageiros, por ser um dia de paralisação e haver transportes alternativos. 
Já hoje cerca de duas dezenas de representantes sindicais dos trabalhadores da IP manifestaram-se junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, para exigir a valorização dos salários e o desbloqueio das negociações. 
“Aquilo que os trabalhadores reivindicam não é nada mais do que é praticado noutras empresas, nomeadamente no setor ferroviário temos o exemplo da CP e aquilo que estamos a solicitar é que haja um aumento intercalar dos salários dos trabalhadores”, acrescentou.

Segunda-feira há greve nos comboios e sem serviços mínimos


Decisão do tribunal arbitral foi contrária à de dia 12 de Março.

O regresso ao trabalho depois da Páscoa na segunda-feira, 2 de Abril, promete ser atribulado para quem ande de comboio. Não só há uma greve marcada para esse dia como desta vez não foram estabelecidos serviços mínimos para o transporte de passageiros. 
A paralisação envolve a Infra-estruturas de Portugal (IP, empresa que gere a rede ferroviária), apanhando assim os comboios da CP mas também os da Fertagus e os operadores de mercadorias. Os sindicatos ligados a esta empresa estatal querem um aumento salarial intercalar de 4% para os trabalhadores e recuperar poder de compra perdido, tal como, dizem, ocorreu na CP. 
A 12 de Março, os sindicatos ligados a esta empresa estatal já tinham marcado um outro dia de greve, mas nessa altura o tribunal arbitral, ligado ao Conselho Económico e Social (CES), deliberou que deviam existir serviços mínimos devido ao risco de paralisação do transporte público e consequentes impactos sociais (como acesso a cuidados de saúde). 
Agora, com um outro árbitro presidente, foi considerado que não há razão para determinar a existência de serviços mínimos no próximo dia 2 de Abril. Isto porque, de acordo com o árbitro presidente, a greve dura apenas um dia, e existem meios alternativos de transporte. 
Assim, prevê-se que a perturbação na próxima segunda-feira seja maior do que a registada a 12 de Março. Nesse dia, com os serviços a funcionar 25%, até às 22 horas só tinham sido efectuadas 328 ligações das 1355 previstas pela CP. 
A decisão do árbitro presidente contou com uma declaração de voto vencido por parte do representante da IP, onde este diz que a “total ausência de circulação de comboios durante um período de 24 horas acarretará necessariamente a não satisfação de necessidades sociais impreteríveis” e que não existe “alternativa válida ao transporte ferroviário”. 
Ao defender a existência de serviços mínimos, o responsável da IP sublinha que foi essa a decisão do tribunal arbitral relacionado com a greve de 12 de Março, “marcada pelos mesmos sindicatos nas mesas empresas [as do grupo IP] e com idênticos objectivos”.

quarta-feira, novembro 29, 2017

Desconvocada greve nos comboios


Estava prevista uma greve esta quinta-feira, véspera de feriado, mas foi agora desconvocada. Os sindicatos terão chegado a um "princípio de entendimento com o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas".

As organizações sindicais do sector ferroviário desconvocaram hoje a greve que estava marcada para esta quinta-feira, véspera de feriado, disse o dirigente da FECTRANS, José Manuel Oliveira, à Lusa.
"Acabámos de sair de uma reunião no Ministério do Planeamento com um princípio de entendimento e, por isso, decidimos desconvocar a greve", disse o dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS).
A greve tinha sido convocada pelas organizações sindicais de várias empresas do sector ferroviário – CP, IP, Medway, Takargo- contra a nova regulamentação do sector que iria entrar em vigor em Dezembro.
"Ficou acordado que a nova regulamentação não irá entrar em vigor agora e que vai desenrolar-se um processo negocial", contou José Manuel Oliveira.
O cancelamento da greve foi inicialmente comunicado pela empresa CP - Comboios de Portugal na sua página oficial de Facebook, numa publicação que foi posteriormente apagada.
Na origem desta greve estava a nova regulamentação para o sector, que José Manuel Oliveira considera que “diminui as condições de segurança no sector ferroviário”. 
A decisão surgiu depois da reunião desta terça-feira, dia 28, das organizações sindicais subscritoras do pré-aviso de greve. 
Segundo o dirigente da FECTRANS, a greve iria afectar “tanto o transporte de passageiros como o de mercadorias” e vai ter um “forte impacto, quer pela adesão, quer pela abrangência”. 
José Manuel Oliveira disse à agência Lusa que a greve teria “implicações na esmagadora maioria da circulação ferroviária do dia 30 e também nos comboios de longo curso que arrancam no final do dia 29 e que terminam já no dia 30”.

Greve pára comboios na véspera do feriado de sexta-feira


Sindicatos dizem que "a esmagadora maioria" da circulação de comboios será afetada, não havendo serviços mínimos

As organizações sindicais do sector ferroviário decidiram esta terça-feira manter a greve para dia 30, véspera do feriado de sexta-feira, e afirmam que "a esmagadora maioria" da circulação de comboios será afectada, não havendo serviços mínimos.
"Fomos informados pelo IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes] de que não há resposta da tutela, não há nenhum elemento novo, e por isso mantemos a decisão de avançar com a greve", disse à agência Lusa o dirigente da FECTRANS, José Manuel Oliveira.
A decisão surge depois da reunião de hoje das organizações sindicais subscritoras do pré-aviso de greve que serviu, por sua vez, para analisar o resultado do encontro de segunda-feira com a CP.
Em causa está a nova regulamentação para o sector ferroviário, que deverá entrar em vigor em Setembro, e que a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) considera que "diminui as condições de segurança no sector ferroviário". 
Segundo o dirigente da FECTRANS, a greve vai afectar "tanto o transporte de passageiros como o de mercadorias" e vai ter um "forte impacto, quer pela adesão, quer pela abrangência". 
José Manuel Oliveira diz que a greve "terá implicações na esmagadora maioria da circulação ferroviária do dia 30 e também nos comboios de longo curso que arrancam no final do dia 29 e que terminam já no dia 30". 
O tribunal arbitral decidiu não marcar serviços mínimos, segundo a decisão publicada na página da internet do Conselho Económico e Social (CES). 
"Não se afigura adequado, ao abrigo dos critérios constitucionais e legais, a definição de serviços mínimos relativos à circulação das composições de transporte de passageiros, por se tratar de uma greve de curta duração, de um dia apenas", lê-se no acórdão. 
A greve foi convocada pelas organizações sindicais de várias empresas do setor ferroviário -- CP, IP, Medway, Takargo. 
A Lusa contactou a CP que, para já, não comenta o protesto.

Revisores preocupados com agente único nos comboios


Alterações na regulamentação ferroviária abrem a porta a que comboios circulem só com o maquinista, dizem os revisores

A simplificação das normas de segurança ferroviária, até agora dispersas em inúmeros regulamentos e anexos, preocupa o Sindicato da Revisão Ferroviária e Itinerante (SRFCI) que põe em causa a possibilidade de os comboios poderem circular só com um agente – o maquinista – dispensando a presença a bordo de qualquer revisor ou outro agente operacional. 
Esta possibilidade já existe há cerca de 20 anos para os comboios de passageiros, mediante um conjunto de requisitos que tornam essa prática excepcional. A revisão em curso da regulamentação ferroviária não altera esses pressupostos, mas, ainda assim, Luís Bravo, do SRFCI, diz que a segurança dos passageiros fica afectada. Não para já, porque a CP já transmitiu que vai continuar a operar sempre com um mínimo de dois agentes nos seus comboios, mas devido à previsível entrada de novos operadores aquando da liberalização do transporte ferroviário de passageiros em 2020.
“Como serão empresas privadas e a lógica será o lucro, vão obviamente aproveitar para só terem um agente nos comboios, deixando os passageiros desprotegidos”, diz Luís Bravo. 
O sindicalista sabe que o Regulamento de Segurança Ferroviária depois de revisto continua a considerar que a prática do agente único deve ser excepcional, mas acha que a simplificação das normas remete para as empresas a possibilidade de virem a operar com critérios mínimos de segurança com todos os riscos que isso implica.
“Se houver uma colhida e a vítima for projectada umas dezenas de metros para a frente do comboio não há ninguém para lá ir socorrer porque o maquinista não está autorizado a abandonar a cabine. Se um passageiro ficar subitamente doente a bordo, não há um segundo agente para prestar assistência e pedir socorro de acordo com os regulamentos”, exemplifica.
Apesar de a CP até estar presentemente a recrutar revisores, a perspectiva de os comboios poderem vir a circular com um agente único levou alguns sindicatos ferroviários a fazerem um pré-aviso de greve para o dia 30 de Novembro.
O Regime Geral de Segurança permite que os comboios circulem só com o maquinista desde que tenham controlo de velocidade automático, rádio-solo para comunicar com o centro de controlo operacional, equipamento de telecomunicações a bordo para os passageiros comunicarem com o maquinista, portas automáticas com sistema anti-entalamento, entre outros.
Estes critérios, que dependem muito da tecnologia instalada a bordo e na infraestrutura, reduzem bastante a possibilidade de os comboios circularem com agente único. Dois terços da rede ferroviária não são compatíveis com essa prática. A CP poderia fazê-lo em algumas linhas suburbanas, mas optou por manter sempre revisores nos comboios.
Já a Fertagus há 18 anos que opera com agente único. Os seus comboios circulam apenas com um ferroviário (o maquinista), excepto no troço entre Pragal e Lisboa por causa da travessia do Tejo e consequente necessidade de evacuação dos passageiros em caso de acidente na ponte.
A empresa orgulha-se de apresentar relatórios de segurança com índices muito reduzidos de ocorrências, mas Luís Bravo diz que a empresa omite informação, o que só é possível porque o IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes) não tem meios para exercer a sua actividade de controlo. Nos comboios de mercadorias, as longas horas – muitas vezes nocturnas – destas jornadas de trabalho recomendam a existência de um segundo elemento na cabine de condução. O mesmo que deve sair da locomotiva se houver um acidente e que também faz as operações de engate e desengate de vagões e a verificação dos freios ao longo da composição.
Contudo, Luís Bravo diz que foi-lhe transmitido por ferroviários da Takargo (empresa privada do grupo Mota Engil) que esta “já ensaiou algumas circulações só com um agente” e que tal só aconteceu porque não há fiscalização e porque os maquinistas têm contratos precários e acabam por aceitar.
O PÚBLICO contactou a Takargo para confirmar esta informação, mas não obteve resposta.

terça-feira, novembro 28, 2017

Comboios vão parar quinta-feira - País - RTP Notícias

Comboios vão parar quinta-feira - País - RTP Notícias

Os sindicatos anunciaram uma greve no dia 30, véspera de feriado. Contestam as novas regras para o setor ferroviário por entenderem que "diminui as condições de segurança", e prevêem que "a esmagadora maioria" da circulação de comboios seja afetada.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...