domingo, fevereiro 01, 2009

Accionista da SIDES Amadeu Lima de Carvalho é um dos 23 acusados

"Caso Universidade Independente"

O antigo accionista da empresa que detinha a Universidade Independente, a SIDES, Amadeu Lima de Carvalho admitiu que é um dos 23 acusados de crimes de natureza económico-financeira no "caso Universidade Independente".

Segundo uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR), estas 23 pessoas foram acusadas da prática de crimes de "associação criminosa, fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificada, falsificação de documento, burla qualificada, corrupção activa/passiva, corrupção no sector privado, branqueamento, recepção ilícita de depósitos".
Em declarações à agência Lusa, Amadeu Lima de Carvalho referiu que "ainda não foi notificado da acusação", mas que recebeu um telefonema da procuradora Fernanda Pêgo a informá-lo do despacho de acusação do Ministério Público.
Amadeu Lima de Carvalho, que se afirma o maior accionista da SIDES, juntamente com a mulher, com 67,5 por cento das acções, deixou críticas à investigação.
"A minha mulher nem sequer foi ouvida" no inquérito, declarou, lamentando o encerramento compulsivo da Universidade (em Dezembro de 2007) que "deixou no desemprego professores e funcionários".
Também em declarações à Lusa, Vítor Parente Ribeiro, actual advogado do ex-reitor Luiz Arouca, disse não ter sido notificado da acusação e remeteu mais esclarecimentos para segunda-feira.
Segundo uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR) de quinta-feira foram acusadas 23 pessoas singulares e três pessoas colectivas, no âmbito do "caso Universidade Independente".
O MP, em representação do Estado, deduziu ainda pedido de indemnização cível "contra cinco demandados, de montante superior a um milhão de euros, promovendo-se o arresto de bens imóveis".
O inquérito foi dirigido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa na sequência de uma investigação realizada pela Polícia Judiciária, tendo o mesmo sido constituído por 70 volumes e 1000 apensos.
No processo-crime dirigido pela magistrada Fernanda Pego, que correu no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DIAP), foram arguidos, entre outros, o antigo vice-reitor da UnI e accionista da instituição Amadeu Lima de Carvalho, o também ex-vice-reitor Rui Verde e o ex-reitor da universidade Luís Arouca.
A crise na Universidade Independente começou em 2006, com suspeitas de irregularidades na gestão, tendo-se verificado no início de 2007 sucessivas reviravoltas no controlo da SIDES, disputada por duas facções em litígio.
A instituição acabou por ser encerrada a 31 de Outubro de 2007, por decisão do ministro do Ensino Superior, na sequência de dois processos: um de caducidade de reconhecimento de interesse público e outro de encerramento compulsivo por manifesta degradação pedagógica.
No desenrolar da investigação, chegaram a estar em prisão preventiva o ex-vice reitor Rui Verde e o director da SIDES (empresa gestora da universidade) Amadeu Lima de Carvalho.
Outro dos arguidos, o antigo reitor Luís Arouca, ficou a aguardar o desenrolar do processo em liberdade mediante caução.

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