quarta-feira, abril 06, 2011

Municípios estão contra Televisão Digital



Fernando Ruas diz que TDT não é prioridade

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) está contra o processo de implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT), por considerar que não é uma prioridade para Portugal, anunciou esta quarta-feira o seu presidente, Fernando Ruas.

Em entrevista à agência Lusa, Fernando Ruas defendeu que a mudança do sinal analógico para o digital "não pode ser uma prioridade nacional", lembrando que "não deixa opção" às pessoas.
Por isso, a ANMP apelou a que "se reveja o processo" ou então, "se assim não se entender, pelo menos que se estude um mecanismo de compensação dos cidadãos".
O autarca do PSD, que preside à câmara de Viseu, sugeriu que sejam usadas as verbas resultantes da contribuição audiovisual, lembrando que, por ser cobrada através da factura da electricidade,até os semáforos, a iluminação pública e os cemitérios a pagam.
"Que se faça essa compensação através dessas receitas e que não se vá directamente aos bolsos dos cidadãos", sublinhou.
Fernando Ruas considerou que, "na situação difícil" que o País e as famílias atravessam, pagar para ter televisão pode ser uma despesa significativa.
"Pode haver uma série de situações, como a televisão não estar preparada e precisar do descodificador ou então a antena não servir", exemplificou, referindo que, nalguns casos, os custos podem atingir os 200 euros.
Como "não é deixada nenhuma opção", quem não puder suportar os custos e não for compensado terá de ficar sem televisão, o que Fernando Ruas entende não ser compreensível nos tempos que correm.

AJUDAS INSUFICIENTES

O líder da ANMP considerou não ser suficiente o Governo comparticipar em cerca de 50 por cento a aquisição de descodificadores do sinal da TDT a pessoas carenciadas, como foi anunciado.
"Neste momento o cidadão está servido. Como a opção é ter ou não ter, o Governo tem de arranjar mecanismos não para fazer a compensação parcial, mas a comparticipação total", frisou.
Ou então, deixa o processo "para outra altura em que as finanças e a situação dos cidadãos permitam maior envolvimento", acrescentou, considerando que isso poderia "ser perfeitamente explicado" à União Europeia.
"Alguém morre se os cidadãos continuarem a ver televisão pelo processo analógico por mais algum tempo?", questionou.
Segundo a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), Alenquer será a primeira zona do país onde se dará o apagão do sinal analógico, a 12 de Maio. Seguem-se o Cacém, a 16 de Junho, e a Nazaré, a 13 de Outubro.
A substituição definitiva das transmissões analógicas pelas digitais acontecerá até 26 de Abril de 2012, no continente e regiões autónomas.
Quem não tiver televisão por subscrição (cabo, fibra óptica, satélite ou IPTV), terá de comprar um televisor novo, com o sistema MPEG4, ou comprar um descodificador de sinal para cada televisor, à venda a partir de 35 euros.
A introdução da TDT em Portugal foi concessionada em concurso público à Portugal Telecom, que já garantiu a cobertura de 87 por cento do território português, sendo os restantes 13 por cento assegurados por satélite.

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