sexta-feira, maio 06, 2011

Governo fala em adesão “muitíssimo reduzida”



Greve da função pública

O secretário de Estado da Administração Pública disse, hoje, que a adesão à greve convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública está a ser “muitíssimo reduzida”, sublinhando que não se concretizaram as expectativas mais pessimistas.

Segundo o ministério das Finanças, que actualiza os dados da adesão à greve de hora a hora, às 12h00, o total era de 1,4 por cento (5.451 trabalhadores num universo de 390.559), e estavam 27 serviços encerrados (num total de 10.554).
O ministério da Educação contabilizava 19 escolas encerradas, o ministério da Ciência tinha quatro serviços fechados, o ministério da Cultura dois e os ministérios da Justiça e das Finanças, um.
Gonçalo Castilho afirmou que, até ao momento, o ministério da Saúde não reportou serviços encerrados, contrariando o levantamento sindical que dá conta de uma adesão de 100 por cento dos trabalhadores dos hospitais S. Francisco Xavier, S. José, Amadora-Sintra e D. Estefânia, em Lisboa, e do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), por exemplo.
A coordenadora da Federação dos Sindicatos da Função Pública, Ana Avoila, garante que a adesão à greve da função pública é de 60 por cento.
O secretário de Estado adiantou que a greve foi anunciada como uma greve geral, mas é apenas parcial “não só quanto ao universo dos trabalhadores, como pela adesão, que é muitíssimo reduzida neste momento”.
A paralisação não conta com a participação dos professores, nem dos enfermeiros, nem dos trabalhadores das autarquias, com excepção dos do município de Lisboa.
“O anúncio de uma forte perturbação que, a certa altura encontrávamos nos comunicados dos sindicatos, felizmente não está materializado. A esmagadora maioria dos trabalhadores da administração central do Estado foi hoje trabalhar”, salientou.
Gonçalo Castilho observou ainda que “se a greve tinha sido convocada com o intuito de aproveitar um conjunto de más notícias decorrentes do programa de assistência financeira, é flagrante que, no que diz respeito à administração pública, (...) não se confirmaram as expectativas mais pessimistas de que estaríamos perante uma nova vaga de sacrifícios muito profundos”.
Embora admita que “os tempos difíceis” vão continuar, tal como o esforço de racionalização do Estado, o governante sublinhou que é preciso “trabalhar e estar disponível para melhorar os serviços públicos” e ter “uma administração pública mais eficiente que sirva o país”.
A Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública convocou a greve para protestar contra o congelamento e os cortes salariais, o aumento de impostos, a precariedade, os despedimentos, as privatizações e as medidas que viessem a ser impostas na sequência da negociação da ajuda externa a Portugal.

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