sexta-feira, maio 06, 2011

Greve da função pública com adesão elevada nas urgências hospitalares



Recolha de lixo em Lisboa parada a 70 por cento

Urgências hospitalares e do INEM e a recolha de lixo em Lisboa estão entre os serviços afectados pela greve da função pública que começou às 0h00 de hoje, segundo os primeiros dados avançados pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, que fala num “nível elevado” de adesão.

Aquela federação sindical, que convocou a greve de hoje, avançou na sua página electrónica com os primeiros dados relativos à adesão à greve, que respeitam a alguns serviços de urgências hospitalares, com valores em geral acima de 80 por cento. Não havia ainda uma estimativa para a adesão global.
As urgências tinham os valores mais elevados, que eram de cem por cento em São Francisco Xavier, Santa Maria, São José, Dona Estefânia (todos em Lisboa), no Amadora-Sintra e no Hospital Universitário de Coimbra. No Centro Hospitalar de Coimbra era de 85 por cento, no de Aveiro era de 80 por cento e em Tondela de 60 por cento.
No Centro de Orientação de Doentes Urgentes(CODU) do INEM de Lisboa, a adesão era também de 100 por cento.
A greve não abrange professores, enfermeiros e câmaras municipais, com excepção de Lisboa, onde a recolha de lixo deixou de ser feita às 6h00.
A greve na recolha de lixo da capital teve uma adesão de 70 por cento, com 25 dos 70 circuitos cumpridos, segundo informação à Lusa do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).
“Dos 70 circuitos apenas 25 foram cumpridos, o que indica uma paralisação de 70 por cento. Teremos mais dados logo à noite, pelas 23h00, quando o segundo turno da limpeza urbana sair para a recolha”, disse Delfino Serras, daquele sindicato.

Greve prolongada na recolha do lixo em Lisboa

Os trabalhadores da limpeza urbana da Câmara de Lisboa, que convocaram a greve no âmbito do protesto do Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública contra as políticas do Governo, decidiram entretanto prolongar a paralisação até domingo.
“Vai haver piquetes de greve na garagem de saída dos veículos logo pelas 23h00 e depois novamente às 06h00”, acrescentou Delfino Serras.
O sindicalista disse ainda que foi com “estranheza” que o STML recebeu a notícia por parte do presidente da autarquia de que tinham sido suspensos os contratos que estavam previstos com cerca de 300 funcionários para a limpeza urbana (cantoneiros e motoristas).
“Não só os serviço sindicam estas contratações como extremamente necessárias, mas estranhamos também porque havia um compromisso desde 2009 para a entrada destes trabalhadores”, lamentou Delfino Serras.
Vítor Reis, também dirigente do STML, explicou que os trabalhadores da autarquia subscrevem os problemas apontadas pela administração pública, à qual pertencem, mas adiantou que também estão contra a reestruturação que a Câmara Municipal de Lisboa está a fazer no sector. “Temos problemas específicos com a Câmara de Lisboa que têm a ver com a reestruturação que está em curso, que aponta a médio prazo para o fim de vários serviços”, disse.
A greve de hoje foi convocada “para exigir uma mudança de rumo político para o País que garanta a defesa dos Serviços Públicos e dos trabalhadores deste sector”, segundo um comunicado da federação sindical.
Os dirigentes sindicais esperam que as escolas, os centros de saúde, hospitais, tribunais e serviços da Segurança Social sejam os serviços mais afectados pela greve de hoje, cuja convocatória abrange cerca de 250 mil trabalhadores.

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