quarta-feira, dezembro 28, 2011

CCP antevê saldos com descontos no “limite da sobrevivência” das empresas



Queda de vendas no Natal estimada em 15%

Os saldos de Inverno vão ter descontos mais altos em comparação com as promoções do Natal, o que nalguns casos “será o limite da sobrevivência” das empresas, disse à Lusa o presidente da CCP, João Vieira Lopes.

Em declarações à Lusa, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considerou que, “tendo em conta as dificuldades das empresas e que muitas delas para vender tiveram de fazer promoções altíssimas antes do Natal, os saldos ainda vão ter descontos mais altos”.
Em muitos casos, adiantou João Vieira Lopes, estes descontos “serão o limite para a sobrevivência das empresas”. O período de saldos de Inverno começa amanhã e termina a 28 de Fevereiro.
Sobre se haverá dinheiro disponível para as habituais compras registadas nas épocas de saldos, o presidente da CCP foi peremptório: “Parece-nos que não. É natural que se venda mais, mas a nossa expectativa é que ficará abaixo dos anos anteriores”.

Electrodomésticos, mobiliário e automóvel com quebras perto dos 30%

Os sectores de bens duráveis e semiduráveis, como os electrodomésticos, mobiliário, têxteis ou automóvel, registaram quebras próximas dos 30 por cento durante o Natal, acima da média global, segundo uma estimativa do presidente da CCP.
Este Natal, segundo o responsável, estima-se que as vendas do comércio tenham registado uma quebra “no mínimo de 15 por cento, em média”, disse Vieira Lopes também à Lusa. No entanto, em sectores com os bens duráveis e semi-duráveis, como os segmentos de electrodomésticos, mobiliário, têxteis ou automóvel, o impacto foi maior.
Segundo o presidente da CCP, o sector alimentar foi o que “não chegou aos dois dígitos” de quebra, embora tenha tido um desempenho “muito irregular” por segmentos. Por exemplo, as bebidas espirituosas registaram uma baixa das vendas, enquanto os vinhos, que são produtos menos sazonais, “tiveram quebras pequenas”.
“Não vemos, neste momento, grandes possibilidades de no curto prazo melhorar”, considerou o presidente da CCP. “Uma das grandes questões que a CCP tem posto ao Governo é que sem algum relançamento económico e apenas com as medidas de austeridade” a economia não avança, facto que está a preocupar a Confederação.

Gregos com queda global estimada em 30%

A Federação do Comércio da Grécia (Esee) estima em 30% a redução de vendas que o sector terá sofrido no país durante as festas natalícias, face ao mesmo período do ano passado.
“As primeiras estimativas para a Grécia durante as festas de Natal mostram uma redução de 40% das vendas no sector do vestuário e calçado, 30% nos electrodomésticos, 20% nas lojas de cosmética, livros e presentes, e 15% no sector da alimentação e bebidas”, segundo um comunicado da Esse citado pela AFP. Apenas os brinquedos para criança escaparam à “depressão do Natal”.
A Esee sublinha que “os descontos nos preços em vários grandes armazéns durante o Natal limitaram as perdas do comércio a retalho”, que nos meses precedentes foram “muito mais importantes” que a redução de 30% sofrida no Natal.

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