sexta-feira, novembro 14, 2008

PT diz ser quem mais fez pela liberalização das telecomunicações



Zeinal Bava diz não temer concorrência

Operadora diz que concorrentes não usam mais as suas condutas porque não querem

O presidente executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava, disse esta quinta-feira que a empresa que dirige é a que mais contribuiu para a liberalização das telecomunicações.
«Fizemos mais pela liberalização do sector que qualquer outro agente do mercado», disse durante um debate no 18.º Congresso das Comunicações da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).
Zeinal Bava referiu a separação da PT Multimédia como exemplo e lembrou que 46 por cento das condutas da empresa são usadas pelos concorrentes.
«Não temos medo da concorrência. Se não temos 100 por cento de utilização das nossas condutas pelos nossos concorrentes, é porque eles assim não querem», acrescentou.
Dos 24 mil quilómetros de condutas detidas pela PT, 11 mil são utilizados pela concorrência.

Resultados trimestrais reflectem «optimismo»

Já sobre os resultados que a empresa apresentou esta quinta-feira, referentes ao terceiro trimestre, Zeinal Bava explicou que os mesmos «foram bem recebidos pelo mercado».
De acordo com o presidente da PT, os mesmos reflectem «optimismo» perante o futuro. Bava sublinhou neste ponto os 65 milhões de clientes da operadora, mais 27 por cento do que em relação ao período homólogo, e o crescimento do investimento em 42% para 691 milhões de euros.
«A nossa estratégia para crescer em qualquer mercado assenta em estabilidade política, previsibilidade regulatória e capacidade de crescimento», lembrou Zeinal Bava, realçando que a PT já factura mais no estrangeiro do que em Portugal.
O lucro líquido da Portugal Telecom (PT) caiu 34,7 por cento para 437,7 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, pressionado por maiores custos e mais-valias obtidas no mesmo período de 2007, anunciou a empresa.
O EBITDA da operadora cresceu 6,6% para os 1,8 mil milhões de euros. Já as receitas operacionais consolidadas totalizaram cerca de 5 milhões de euros, neste mesmo período, representando um acréscimo de 11,1% face ao período homólogo. Esta subida, segundo a empresa, deveu-se ao crescimento da TMN e da Vivo.

PT vira costas a Redes de Nova Geração partilhadas



Ao contrário de concorrentes

Bava diz que sector móvel prova que sobreposição de infra-estruturas traz ganhos

O presidente executivo da Portugal Telecom considera que as Redes de Nova Geração (RNG) são factores-chave da «revolução digital» em curso mas discorda de uma partilha dessas redes com os concorrentes.
«No sector móvel advogamos infra-estruturas segmentadas e menos regulação. No fixo, pedimos infra-estruturas partilhadas e mais regulação», ironizou Zeinal Bava sobre as duas posturas das empresas do sector.
Em debate no âmbito do 18.º Congresso das Comunicações da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), Zeinal Bava lembrou que a sobreposição de redes, isto é com cada operador a investir na sua própria infra-estrutura, leva o mercado a ganhar. E voltou a dar o exemplo do sector móvel: «Ao termos sobreposição de infra-estruturas, houve mais inovação e ganhos em oferta de serviços, além de preços mais baixos», sustentou.
Para o porta-voz da PT, o custo actual de levar fibra a casa de um cliente ronda 800 euros e quem decidir avançar para o investimento nas RNG «deve ter margem para as gerir».
Face às críticas dos concorrentes, a operadora diz ser tempo de acção em vez de «lamúrias».
«Ocupamos 80% do nosso tempo a discutir aquilo que equivale a 20% do investimento», concluiu Zeinal Bava.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Cavaco Silva defende um "estímulo à concorrência"



Telecomunicações. "Nem todas as metas foram atingidas", diz o Presidente

"As políticas públicas e a regulação" devem actuar, alerta o Chefe do Estado

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, defendeu ontem um "estímulo à concorrência" nas telecomunicações, pois nas regiões de menor densidade populacional a "oferta é mais limitada e a concorrência muito reduzida ou mesmo inexistente".
Por isso, é preciso que as políticas públicas tenham "uma intervenção eficaz no sentido de reduzir as assimetrias de acesso, velocidade, qualidade de serviço e preço das comunicações", defendeu o Presidente da República na sessão de abertura do 18.º Congresso das Comunicações, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que decorre em Lisboa.
Apesar de reconhecer que a abertura do sector à concorrência, na última década, "trouxe consigo um forte impulso em matéria de inovação tecnológica", Cavaco Silva afirma que "nem todas as metas foram atingidas". "A discriminação negativa no acesso às comunicações constitui uma falha de mercado que põe em causa a coesão nacional. Se não for combatida, agravará os já de si severos problemas socioeconómicos e demográficos com que algumas regiões se defrontam, originando, a médio prazo, novos focos de exclusão social", acrescentou o Chefe do Estado. Assim sendo, Cavaco Silva defende que as "políticas públicas e a regulação devem actuar especialmente em áreas onde a concorrência é limitada, ou simplesmente não existe, garantindo a cobertura do território nacional em condições de equidade, por forma a salvaguardar o princípio da universalidade".
Cavaco Silva alertou ainda para o risco das redes de nova geração, que estão a começar a ser instaladas, poderem aumentar estas assimetrias regionais. "A aposta de alguns municípios na construção de infra-estruturas de comunicação de alto débito irá permitir dotar algumas regiões de redes de utilização comum e abertas a todos os operadores que aí pretendam desenvolver a sua actividade. Importa, nestes casos, que os mecanismos de regulação garantam a todos os operadores condições de verdadeira e sã concorrência."

Rangel indemniza Camacho por danos morais



O Supremo Tribunal de Justiça confirmou a sentença que obriga o antigo director de programas da SIC, Emídio Rangel, a indemnizar o ex-jornalista Paulo Camacho por danos morais causados por uma crónica que publicou no Jornal de Negócios.

Num acórdão datado de 04 de Novembro a que a Lusa teve hoje acesso, o Supremo Tribunal de Justiça rejeitou o recurso apresentado por Emídio Rangel na sequência da sua condenação, em 2007, a pagar 14 mil euros a Paulo Camacho, como indemnização por danos morais causados por difamação.
O caso remonta a Janeiro de 2004, quando Rangel publicou uma crónica no Jornal de Negócios em que acusava Camacho de fazer publicidade encapotada no TV Turbo, um programa da SIC Notícias.
O artigo mereceu uma resposta de Paulo Camacho, na qual o então apresentador da SIC acusava Rangel de "destilar ódio" e de "insultar" a classe jornalística.
A polémica prosseguiu nos meses seguintes, dando origem a um processo judicial contra Rangel, colocado por Paulo Camacho, no qual o então jornalista da SIC pedia uma indemnização de 250 mil euros por danos morais.
O tribunal deu razão a Paulo Camacho, condenando Emídio Rangel a pagar uma indemnização de 14 mil euros. Esta sentença foi confirmada pelo Supremo Tribunal no acórdão de 04 de Novembro.
Contactado pela Lusa, Emídio Rangel afirmou que "o processo ainda não acabou", remetendo esclarecimentos adicionais para o seu advogado. A Lusa tentou contactar o advogado que representa o antigo director de programas da SIC, mas sem sucesso.
Por sua vez, Paulo Camacho afirmou à agência Lusa que "não esperava outro desfecho para este caso".

Castanhas e água pé para todos !



SÃO MARTINHO

Em dia de São Martinho há que fazer jus à tradição e abusar das castanhas, mas não tanto da água pé.

Dia 11 de Novembro comemora-se a morte de São Martinho e espera-se pelos tão agradáveis dias de sol típicos desta época.
São Martinho, como reza a lenda, era um soldado romano que no regresso à sua terra natal, França, estava a atravessar uma serra alta quando encontrou um homem.
Reparou que o mendigo usava roupas velhas e parecia estar com frio. São Martinho como não tinha nada para lhe dar pegou na sua capa vermelha e cortou-a ao meio e deu metade ao pobre homem. De repente, nesse momento as nuvens deram lugar a um sorridente sol.
É por esta razão que nesta altura do ano o sol aparece de entre as nuvens e pode-se desfrutar do «Verão de São Martinho» e este ano, não é excepção. O Instituto de Meteorologia prevê céu limpo até sexta-feira.
As castanhas e a água pé abundam neste dia de festa assim como diz o provérbio: «No dia de S. Martinho vai-se à adega e prova-se o vinho.»
A resposta desta anedota é a anfitriã deste dia..

«Tem casca bem guardada
Ninguém lhe pode mexer
Sozinha ou acompanhada
Em Novembro nos vem ver»

Movimentos de professores vão protestar



Estruturas independentes dos sindicatos garantem manifestação no sábado, em Lisboa

Dois movimentos de professores mantêm a convocatória de uma manifestação para sábado, em Lisboa, contra o processo de avaliação e pela necessidade de pôr fim ao memorando de entendimento assinado pela Plataforma Sindical com o Ministério da Educação.
A Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino diz que a manifestação, que será também organizada pelo Movimento Mobilização e Unidade dos Professores, ganhou uma "legitimidade acrescida" depois da ministra da Educação ter reagido à manifestação de sábado "como se fosse um pormenor irrelevante". As duas estruturas referem que os movimentos independentes de docentes "têm razão quando exigem da Plataforma Sindical a denúncia do memorando de entendimento que assinaram" com a tutela, um documento "que a ministra continua a esgrimir para condicionar os sindicatos e a própria luta dos professores".

Professores prometem "guerra o ano todo" e admitem antecipar greve nacional



Paralisação agendada para 19 de Janeiro

A Plataforma Sindical de Professores advertiu no final da manifestação de sábado passado em Lisboa que, caso o Ministério da Educação não recue em questões como a avaliação do desempenho, os docentes prometem "luta o ano todo" e admitem antecipar a greve nacional convocada esta tarde para 19 Janeiro.
"Ou o Ministério da Educação suspende a avaliação de desempenho, avança para a negociação, encontramos um outro modelo e o ano lectivo prossegue normalmente, ou o ministério assume que vai ter luta o ano todo. Se querem guerra, guerra terão", declarou o porta-voz da Plataforma e secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, no final da manifestação que reuniu pelo menos 120 mil docentes, segundo números dos sindicatos.
Além da greve nacional, na manifestação ficou ainda decidido que vão realizar-se outros protestos no actual ano lectivo, caso o processo de avaliação de desempenho não seja suspenso. "Neste momento, não há espaço para meios-termos e não há entendimento possível. Da nossa parte, não há nenhuma abertura para nada que não seja a suspensão imediata", sublinhou o porta-voz da plataforma sindical, acusando a ministra de sofrer de "analfabetismo político", por não ter "capacidade democrática para interpretar o significado das manifestações".
Considerando "inadmissível" que a ministra da Educação tenha no passado sábado recusado suspender a aplicação do modelo de avaliação, o secretário-geral da Fenprof apelou ainda aos docentes para serem eles a fazê-lo, na prática, parando nas escolas todos os procedimentos relacionados com este processo.
Segundo a organização, o protesto de sábado passado, convocado por todos os sindicatos do sector, reuniu pelo menos 120 mil professores, superando a manifestação de Março, até agora a maior alguma vez realizada em Portugal por uma única classe profissional.
A PSP recusou adiantar números de adesão ao protesto. Calvo André, responsável pelo policiamento da marcha, escusou-se a avançar com qualquer número, dando duas explicações. “É impossível calcular dada a dimensão da manifestação”, começou por dizer. Mas acrescentou: “Tenho indicações para não adiantar números”.
Questionado sobre o autor dessa indicações, acabou por afirmar que tinha sido o próprio a decidi-lo. Calvo André não quis igualmente fazer qualquer comparação com o protesto de professores de 8 Março. Nesse dia, a polícia calculou em 100 mil o número de manifestantes.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...