terça-feira, outubro 13, 2009

ERC analisa hoje suspensão do "Jornal Nacional"


TVI

A TVI vai conhecer hoje as consequências da suspensão do "Jornal Nacional" de Manuela Moura Guedes a três semanas das Legislativas, na sequência do fim do processo de averiguações realizado pelo organismo regulador dos media.


Quase um mês e meio depois de a TVI ter decidido extinguir o "Jornal Nacional" apresentado por Manuela Moura Guedes - que fez cair a direcção de Informação daquela televisão e transformou-se num facto político, com a Oposição a insinuar a intervenção do Governo e o primeiro-ministro a desmentir - a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) anuncia a sua decisão.
Apesar de o processo ter sido aberto no início de Setembro "com carácter de urgência", o organismo anunciou na altura que só divulgaria a sua decisão depois das eleições.
Na altura, embora tenha reconhecido que não lhe compete "validar ou reprovar os modelos de gestão dos órgãos de comunicação social", o conselho regulador da ERC admitiu que a decisão da administração da TVI podia "indiciar uma intervenção lesiva das atribuições e competências próprias da direcção de Informação, bem como dos direitos de outros jornalistas".
Uma decisão que o presidente da ERC, José Azeredo Lopes, considerou ser "absolutamente inaceitável" e de "total ausência de oportunidade".
O cancelamento do "Jornal Nacional" de sexta-feira, conduzido habitualmente pela jornalista Manuela Moura Guedes, mulher do ex-director-geral da estação, foi justificado na quinta-feira anterior (dia 2 de Setembro), com a necessidade de homogeneizar o noticiário durante toda a semana.
Na sexta-feira, o Jornal Nacional foi para o ar mas sem Manuela Moura Guedes, abrindo com a notícia do envolvimento de José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, primo do primeiro-ministro, na recepção de envelopes de dinheiro no caso Freeport, superfície comercial de Alcochete licenciada, em 2002, quando José Sócrates era ministro do Ambiente.
José Sócrates negou qualquer interferência sua, do Governo e do PS na extinção daquele jornal, atribuindo "exclusivamente" a responsabilidade à administração da Media Capital, proprietária da estação, que remeteu a responsabilidade da decisão para a direcção em Lisboa.

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