terça-feira, julho 27, 2010

Utentes não vão ser lesados com greve nas instituições de solidariedade



O presidente da União das Misericórdias acredita que a greve dos trabalhadores, agendada para amanhã à tarde, quarta-feira, não afectará o funcionamento das instituições nem os utentes, porque "a responsabilidade das pessoas é muito grande".
O manifesto dos funcionários das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), Misericórdias e Cooperativas de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados vai decorrer em frente ao Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, em protesto contra o congelamento das comparticipações do Estado e dos salários.
Luís Pesca, porta-voz da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FP), explicou, em declarações à Lusa, que o "objectivo principal" da greve é "pressionar o Governo" a proceder ao ajustamento de verbas "o mais rapidamente possível".
A concentração é por isso uma forma de protesto contra "o estrangulamento financeiro das instituições, os despedimentos, o congelamento das comparticipações do Estado e dos salários", explicou.
Luís Pesca disse ainda que "as comparticipações do Estado já foram reduzidas o ano passado e estas IPSS têm cada vez mais solicitações das populações, sendo que há cada vez mais utentes que não podem pagar, devido à crise, resultando em "inúmeras instituições com salários em atraso e despedimentos de trabalhadores".
O presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, disse perceber "perfeitamente" os motivos da greve, mas lembrou que "a quem cabe negociar com o Estado são as instituições" e que estas já estão a fazer esse trabalho.
"A greve não é contra as misericórdias é contra o Estado", resumiu Manuel Lemos, mostrando-se solidário com os trabalhadores destas instituições, que empregam mais de 150 mil pessoas.

Fenprof estima corte de 150 lugares de professor bibliotecário



Considera medida economicista

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) estima que a redução dos rácios professor bibliotecário/alunos, estipulada pelo Ministério da Educação, origine a extinção de 150 lugares.

Segundo a Fenprof, nos agrupamentos de maior dimensão e nos casos de maior dispersão por estabelecimentos, a relação professor bibliotecário/alunos passa de 1/525 para 1/700.
Classificando a medida como “economicista” e “inaceitável”, a Fenprof afirma em comunicado: "Esta redução de professores bibliotecários, imposta pelo Ministério da Educação, não decorre de qualquer avaliação feita junto das escolas ou das suas bibliotecas, apenas se insere na pura lógica economicista que orienta, cada vez mais, a acção na Educação”.
O facto de faltar cerca de um mês para o início do novo ano irá afectar a preparação e a organização escolar, argumenta Mário Nogueira, lembrando que estes cortes prejudicam o avanço na educação.
"Fica, pois, ainda mais claro que para o actual Ministério da Educação/Governo, se a promoção do sucesso exige investimento, então a opção passa a ser pelo insucesso e pela ignorância, por ser a que fica mais em conta", critica a Fenprof.
O Ministério da Educação não prestou depoimentos sobre este caso.

Pilar del Río pede nacionalidade portuguesa



Jornalista ficou comovida com as várias homenagens

A viúva do escritor José Saramago, Pilar del Rio, solicitou a nacionalidade portuguesa, dias antes do Nobel da Literatura ser homenageado no Brasil. Depois de várias cerimónias em Portugal, é a vez do Brasil manifestar um tributo ao escritor do ‘Memorial do Convento’.

Segundo revelou ao jornal 'O Globo', Pilar del Rio já encetou o processo burocrático para requerer a cidadania e justificou o pedido por desejar “pertencer ao país que produziu um homem tão bom, tão sábio, tão simples, tão exemplar”.
Quanto à ausência de Cavaco Silva no funeral, Pilar referiu: “O embaixador português esteve em nossa casa, a presidência esteve representada [no funeral]. Foi tudo feito como devia (...) mais do que isso teria sido uma farsa indigna do momento”. A Feira Literária Internacional de Paraty (FLIP) terá lugar dia 7 de Agosto e dará destaque à obra e vida de Saramago.
Na entrevista ao mesmo jornal brasileiro, a jornalista espanhola esclareceu que romance inacabado 'Alabardas, alabardas! Espingardas, espingardas!' poderá ser publicado se for essa a intenção dos editores e da agente literária, destacando, no entanto, que é uma obra com “muita força”, constituído por “páginas muito belas”.
Já à agência Lusa, Pilar del Río referiu que pretende mudar-se para Lisboa em Setembro. Quanto à casa que deixará em Lanzarote, assim como os objetos pessoais de José Saramago, Pilar del Rio referiu que nada está ainda decidido quanto ao seu destino.
"Vamos ver o que fazer, não está claro", disse, não descartando a hipótese da futura casa da Fundação Saramago, em Lisboa, acolher parte do espólio.

Novos canais da RTP congelados



Decisão até 2011: TV infanto-juvenil e estação de conhecimento

Mais de dois anos depois de o Governo ter encarregado a RTP de preparar estudos para o lançamento de dois novos canais, estes projectos continuam parados.

No Contrato de Concessão de Serviço Público de Televisão (CCSPT), assinado a 25 de Março de 2008 pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e por Guilherme Costa, presidente da RTP, pode ler-se que "no decurso do quadriénio 2008-2011 a RTP desenvolve os estudos necessários ao lançamento de um serviço de programas que procure satisfazer as necessidades educativas e formativas do público infantil e juvenil; e/ou um serviço de programas destinado a promover o acesso às diferentes áreas do conhecimento".
Contactada pelo CM, a RTP optou por não comentar. No entanto, o CM sabe que o processo está parado. Até porque o CCSPT acrescenta que a empresa pode "proceder ao lançamento se os respectivos custos estiverem contidos no quadro geral de financiamento estipulado ". Ou seja, estes canais podem avançar mas sem aumentar os encargos do grupo. Um cenário complicado para a empresa, sobretudo numa altura em que foi anunciado um corte de custos de 12 milhões de euros, na sequência da contenção financeira exigida pelo ministro das Finanças.
O CCSPT prevê que o canal infanto/juvenil tenha conteúdos dirigidos a um público dos três aos 16 anos, com uma programação que promova "a cultura e a língua portuguesa" e que "fomente a sua capacidade de reflexão e o seu sentido crítico".
Já o outro canal deve promover o "desenvolvimento intelectual", com ênfase no "conhecimento sobre a realidade, histórica e contemporânea, do território e da sociedade".

Estrutura da SIC vai ser redefinida



Carnaxide: Gabriela Sobral entra em funções a 1 de Setembro

Gabriela Sobral entra em funções na SIC a 1 de Setembro e fica responsável pela coordenação da produção com a TV Globo, adiantou ao CM Luís Marques.

Sem revelar o cargo que a ex-directora de Produção Nacional da TVI irá ocupar, o director-geral da estação de Carnaxide disse que a nova contratação vai obrigar a uma reorganização da estrutura da empresa. "O novo organigrama ainda está a ser definido e será apresentado quando ela entrar, em Setembro", acrescentou.
Luís Marques, que ontem apresentou a nova edição de ‘Ídolos’ à imprensa, no Centro Cultural de Belém, adiantou ao CM que Gabriela Sobral vai trabalhar com Nuno Santos, director de Programas: "Ela vai trabalhar com uma equipa, da qual eu faço parte, assim como o Nuno Santos."
Segundo o director-geral da SIC, Gabriela Sobral vem "colmatar uma área em que sentíamos alguma deficiência, e que era preciso reforçar com uma pessoa como ela. Temos uma parceria com a Globo para a produção de novelas [a primeira é ‘Laços de Sangue’] e isso implica para nós um aumento de responsabilidade muito grande, sobretudo a nível de coordenação da produção com a Globo, pelo que precisávamos de reforçar essa área." Sobre a possibilidade de a antiga braço-direito de José Eduardo Moniz poder trazer para a SIC outros rostos da TVI, Luís Marques é peremptório: "Essa não é a nossa preocupação, nem a contratámos por isso. É normal irmos buscar pessoas à concorrência e vice-versa. O mercado é mesmo assim. A minha preocupação é gerir uma empresa, com cuidado e rigor, garantindo a sua estabilidade. Não me preocupo com o que se diz por aí."

Calor provocou dilatação dos carris



Verão quente

O abatimento do piso na linha ferroviária junto ao Cacém provocou ontem, a meio da tarde, constrangimentos na ligação Lisboa-Sintra. As causas estiveram, segundo a Refer, na dilatação dos carris, consequência das altas temperaturas que se fizeram sentir.

O incidente aconteceu a cerca de cem metros da estação do Cacém e obrigou mesmo ao impedimento da circulação de comboios numa das vias, entre o Monte Abraão e o Cacém, no período entre as 16h30 e as 18h20. Este condicionamento afectou o regresso a casa de alguns milhares de utilizadores daquela via, o que, para a Refer, além de ser uma situação invulgar, gerou "atrasos significativos" nas composições.
Segundo o Correio da Manhã apurou, foi o maquinista de uma das composições quem alertou para a anomalia. O comboio passou no local e foi obrigado a parar de emergência, não se registando quaisquer feridos.

URGÊNCIAS SEM ALTERAÇÕES NO CENTRO E SUL


No Alentejo, onde alguns termómetros marcaram ontem temperaturas de 40 graus, foi registada uma maior afluência às Urgências dos hospitais de Beja, Portalegre e Évora. Os responsáveis clínicos garantem, no entanto, que nenhum dos casos foi derivado de golpes de calor. "Não deram entrada doentes vítimas de desidratação ou insolação", referiu ao CM David Prazeres, porta-voz do Hospital de Évora.
Na região Centro, o aumento da temperatura não provocou alterações no serviço de Urgências dos hospitais de Viseu e de Santarém. "Não houve aumento de afluência por causa da onda de calor", asseguraram os responsáveis.

SOBE CONSUMO DAS BEBIDAS


As duas maiores empresas produtores de cervejas e refrigerantes, a Unicer e a Central de Cervejas, contam com um aumento de vendas associado à onda de calor. Contactadas pelo CM, ambas disseram não ter ainda dados de encomendas dos clientes que precisam de repor os stocks. A Unicer e a Central de Cervejas registam cerca de 50 por cento da facturação anual durante os quatro meses de Verão. Este ano a venda de cervejas e refrigerantes promete aumentar.

ALCÁCER DO SAL FOI A LOCALIDADE MAIS QUENTE


O dia de ontem foi o mais quente do ano, com os termómetros a atingirem valores acima dos 40 graus centígrados.
De acordo com dados do Instituto de Meteorologia, a temperatura mais alta foi verificada na estação meteorológica localizada em Alcácer do Sal: 42,6 graus centígrados. Em Lisboa, os valores estiveram muito próximos da previsão de 40 graus, com a temperatura máxima na capital do País a fixar--se durante o dia de ontem nos 39,9. Para hoje, prevê-se a continuação de temperaturas altas.

DISCURSO DIRECTO


"PROBLEMAS DEVIDO AO AR CONDICIONADO", Ricardo Matos, Director de Serv. Urgências Hosp. S. José

Correio da Manhã – O calor causou maior afluência de doentes à Urgência?

Ricardo Matos – Tivemos mais pessoas a queixarem-se de problemas respiratórios irritativos devido à exposição das baixas temperaturas da climatização [ar condicionado] dos transportes públicos.

São casos graves ?

– Na maioria não, mas temos uma pessoa em observação, que merece mais cuidados clínicos.

Estes casos justificavam uma ida a uma Urgência hospitalar ou resolviam-se num centro de saúde?

– Na maioria dos casos resolviam-se nos centros de saúde, mas as pessoas continuam a procurar um hospital.

Tem profissionais suficientes na Urgência?

– Sim, estamos preparados, mesmo nesta altura.

segunda-feira, julho 26, 2010

TAP também considera privatização "premente"



Aviação

A TAP considera que a sua própria privatização é "premente", alinhando na opinião do seu accionista único, o Estado, mas afirma que tem "mostrado capacidade" para crescer o tráfego em anos de crise.


"Há mais de uma década que a TAP não recebe qualquer ajuda do Estado pois as regras comunitárias assim o impedem, o que coloca a companhia nacional em desvantagem face à sua concorrência. A necessidade da sua recapitalização torna, assim, premente a sua privatização", respondeu à Lusa uma fonte oficial da companhia.
As declarações da TAP surgem no dia em que o jornal i noticiou que o Governo considera que a companhia aérea portuguesa não conseguirá resistir a uma nova crise.
O jornal cita uma carta enviada pelo gabinete do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações - que tem a tutela da TAP - ao Bloco de Esquerda na qual se pode ler que "a recapitalização do grupo TAP é uma necessidade urgente e sem ela a empresa encontra-se numa situação fragilizada, correndo riscos de, em face de uma nova crise de mercado ou de aumento dos preços dos combustíveis, a empresa ser arrastada para uma situação de ruptura financeira e de impossibilidade de, por si só, solver compromissos".
Tal como a TAP afirma agora também o gabinete de António Mendonça recorda ao Bloco de Esquerda que existem "imposições legais do direito europeias quanto ao desvirtuamento das regras de concorrência" que impedem "que os Estados ajudem financeiramente as empresas de transporte aéreo".
Por isso mesmo, a tutela diz que "é aconselhável que a melhoria da liquidez da empresa se faça com base nos seus activos disponíveis e com base na melhoria dos resultados operacionais".
É isso mesmo que a TAP diz que tem vindo a fazer.
"[A TAP] tem sido, no entanto, capaz de fazer face às sucessivas dificuldades que a indústria tem sofrido na última década. No ano em curso, marcado pela crise da economia europeia, a TAP tem mostrado a sua capacidade para enfrentar os seus desafios, crescendo o seu volume de tráfego no primeiro semestre 5,7 por cento", refere o porta-voz da companhia, explicando que tal se deve "em especial", à "aposta em novos destinos e das melhorias nos mercados do Brasil e de África".
O que o Governo diz também é que caso tal não seja suficiente, tem de se pensar noutras formas.
"Mostrando-se contudo tal ainda insuficiente, deverão ser consideradas todas as alternativas que permitam defender os interesses inalienáveis da empresa e do país", respondeu a tutela ao Bloco de Esquerda, sublinhando no entanto que "não há ainda uma decisão" sobre uma eventual privatização.
Também por não haver ainda uma decisão sobre uma eventual privatização, nem sobre o modelo que esta poderá ter, o gabinete das Obras Públicas e Transportes, diz que "não é ainda conhecido o [seu] impacto do ponto de vista da evolução do défice".
Uma coisa é o Governo e a TAP quererem privatizar a companhia, outra é haver investidores interessados em comprar.
Em Março, em entrevista à Lusa, o presidente da TAP, Fernando Pinto, dizia que a companhia é atractiva para muitos investidores.
"Acho que a TAP pode ser atractiva para muitos investidores. Tenho confiança nisso. A resistência da TAP a tudo o que se passou nos últimos quase dez anos é enorme", disse na altura.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...