sábado, outubro 04, 2008

Greve paralisa Saúde e Ensino



Função Pública - protesto nacional deixou o lixo na rua por recolher

Escolas fechadas, hospitais com consultas e cirurgias canceladas, lixo nas ruas por falta de camiões para o recolher. São os efeitos visíveis da paralisação nacional, convocada pela CGTP, que os funcionários públicos levaram ontem a cabo. Os números da greve divergem : o Governo fala numa adesão de 11%, os sindicatos nos 75%.
O secretário de Estado da Administração Pública, Gonçalo Castilho, além de contestar os valores dos sindicatos, referindo aos jornalistas que "não sabe onde a CGTP foi buscar os números", questiona o momento escolhido para a greve. É uma greve "fora do tempo" e "estranha", que só poderá estar "ao serviço de agendas partidárias", refere. Na resposta, a dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, Ana Avoila, critica o que considera ser uma tentativa do Governo de "denegrir a imagem dos trabalhadores da Função Pública e tenta passar para a opinião pública que nós estamos na luta só para fazer a luta. Não é verdade".
Os sectores da Saúde, da Segurança Social e da Educação são os que mais aderiram à greve, segundo os dados da Frente Comum.
Em Lisboa, a escola do Restelo não fechou as portas, mas por falta de funcionários não houve uma única aula.

LIXO ACUMULOU-SE NAS RUAS DO PAÍS

O lixo nas ruas é um dos efeitos mais visíveis da greve da Função Pública de norte a sul do País. Em Évora todos os 40 trabalhadores desta divisão camarária aderiram à paralisação convocada pela CTGP. No horário normal de laboração, entre as 20h00 de terça-feira e as 03h00 de quarta-feira nenhuma viatura procedeu à recolha dos resíduos, provocando o amontoamento nos caixotes da cidade. Em Lisboa, dos 578 trabalhadores do turno da noite da recolha de lixo, compareceram ao serviço 257.

SERVIÇOS A MEIO GÁS NOS HOSPITAIS

Um ambiente de consternação dominava o espírito de alguns dos pacientes que na passada quarta-feira se dirigiram aos Hospitais da Universidade de Coimbra. Consultas foram canceladas e cirurgias adiadas por causa da greve dos trabalhadores. De acordo com os sindicatos, só foram assegurados os serviços mínimos, com a greve a ter particular adesão entre os auxiliares, administrativos e técnicos de diagnóstico e terapêutica.

PORMENORES

Razões

A greve serviu para reivindicar aumentos salariais de 5% e a revogação do regime de contrato de trabalho em Funções Públicas aprovado pelo Governo.

Escolas

Em Faro pelo menos três escolas encerradas e várias funcionaram a meio gás por falta de pessoal não docente.

Transportes

O sector dos transportes também aderiu à paralisação. Em Lisboa os barcos da Soflusa ficaram em terra. Em Braga, só circularam cinco autocarros.

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