sábado, dezembro 27, 2008

Cardeal pede conversão a Jesus Cristo


Natal: Desejo de Deus fundou civilização

Gerar novos filhos de Deus, em Jesus Cristo" é "a expressão máxima da fecundidade", defendeu ontem o Cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, na homilia de Natal. "O Natal, como a Páscoa, é apelo à conversão, à profundidade, a viver a sério o que acreditamos e anunciamos", referira, por sua vez, na missa da Noite de Natal.
No dia em que os católicos assinalam o Nascimento do Salvador, na Sé de Lisboa, o Patriarca José sublinhou a importância do momento em que "os seres humanos geram um filho, no amor", acrescentando depois a importância de Cristo para um novo nascimento no caminho da fé. "Escutá-l’O [a Jesus] é sermos gerados de novo e tornarmo-nos filhos de Deus", disse.
Perante os fiéis e após desejar um Santo Natal, D. José Policarpo salientou que ao viver com Cristo "perceberemos Deus e o Seu desígnio de amor e mergulharemos com mais ardor nesta nossa história".
"A procura de Deus constitui a página mais densa, mesmo dramática, da história da Humanidade", disse o Cardeal-patriarca, que lembrou que "o desejo de Deus é constitutivo da natureza humana e está na origem da religião que, por sua vez, se tornou elemento decisivo na elaboração de culturas".
Na mensagem de Natal, o Cardeal pediu a solidariedade para com os doentes e "as famílias em dificuldades económicas, agravadas com a situação que o Mundo está a viver".
Por fim, mencionou o conflito laboral que opõe professores e Governo. "Nas últimas semanas, os acontecimentos levaram-nos a fixar a nossa atenção num grupo de pessoas cuja missão é decisiva para o futuro de Portugal: os professores", disse. "Que ninguém ouse transformar este sofrimento em simples arma de luta política, porque na batalha da educação os únicos vencedores têm de ser os vossos filhos", acrescentou.
Também o bispo do Porto, D. Manuel Clemente, frisou o clima de instabilidade que se vive nas escolas: "Da família à educação, da economia à política, do nacional ao internacional, aparecem mais sombras do que luzes." O bispo do Porto lançou, então, o apelo de que as luzes de Natal iluminem "os políticos e economistas".

PROFESSORES CONCORDAM COM CARDEAL-PATRIARCA

Mário Nogueira, porta--voz da plataforma sindical de professores, concorda com D. José Policarpo – que os alunos são os mais prejudicados no conflito entre docentes e Governo. "O Cardeal-patriarca tem toda a razão, mas o problema é que o Ministério da Educação só aceita pôr fim ao conflito se for ele o vencedor, esmagando os professores", referiu Mário Nogueira. O sindicalista considerou que os sindicatos "já deram um sinal de abertura quando suspenderam as greves regionais" que estavam marcadas para este mês. Governo e professores não conseguem obter um consenso sobre o modelo de avaliação do desempenho dos professores que deve ser adoptado. Sindicatos reclamam suspensão do actual modelo, o que o Governo recusa.

PAPA TEME "HORIZONTE SOMBRIO" PARA ISRAELITAS E PALESTINIANOS

O Papa expressou ontem uma imagem do Mundo marcada pela incerteza perante os conflitos que assolam o Globo. Da varanda central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, Bento XVI referiu-se a "um futuro que se torna cada vez mais incerto" e desejou "que a luz divina de Belém ilumine a Terra Santa, onde o horizonte parece voltar a estar sombrio para israelitas e palestinianos".
As palavras do Sumo Pontífice sobre a instabilidade na Terra Santa ganham especial relevância perante a viagem prevista de Bento XVI à Jordânia, a Israel, e aos territórios palestinianos, em Maio, embora o Vaticano ainda não tenha confirmado a deslocação.
Que a luz divina "se espalhe pelo Líbano, Iraque, e por todo o Médio Oriente", bem como pelo Zimbabwe, pela República Democrática do Congo, por Darfur (Sudão) e pela Somália", disse. "Que fecunde os esforços de todos aqueles que não se resignam perante a lógica perversa do confronto e da violência e que, ao contrário, privilegiam a via do diálogo e da negociação", acrescentou Bento XVI.
Aquando da celebração da Missa do Galo, Bento XVI foi confrontado por uma mulher que tentou saltar a vedação e aproximar-se de si. A mulher foi de imediato imobilizada por um agente da Guarda Suíça. O Vaticano desvalorizou a situação e sublinha que a vida do Papa não esteve em perigo. É frequente pessoas tentarem saltar as vedações para tocar no Papa.

APONTAMENTOS

RÁPIDO CRESCIMENTO

A religião Católica regista forte progressão. Em 1970, havia 654 milhões de católicos, hoje são 1,2 mil milhões.

ÁSIA LIDERA CONVERSÕES

Embora só 3% dos asiáticos sejam católicos, o continente regista o maior aumento de fiéis. Entre 1975 e 2000, a população da Ásia cresceu 61% e os católicos subiram 104%, sendo hoje 120 milhões.

PERSEGUIÇÕES SEM FIM

Os católicos são perseguidos pelos regimes da Coreia do Norte, China e Sudão, bem como por radicais na Índia ou Iraque.

CENTRO NO VATICANO

Com 2782 dioceses espalhadas pelo Mundo, a Igreja Católica tem o seu centro no Vaticano e por dirigente o Papa Bento XVI.

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