sexta-feira, dezembro 12, 2008

Ministra diz que sindicatos não apresentaram "proposta verdadeiramente alternativa"


Maria de Lurdes Rodrigues promete avançar com modelo simplificado

A ministra da Educação disse hoje que os sindicatos não apresentaram “nenhuma proposta verdadeiramente alternativa” para a avaliação dos professores e que aceitar as suas sugestões representaria “um regresso ao passado”, pelo que promete avançar com o modelo simplificado que propôs.
“O Governo reforçou a sua convicção quanto à importância de prosseguir com o seu modelo de avaliação, com as medidas de simplificação já anunciadas”, anunciou Maria de Lurdes Rodrigues, acrescentando que será aprovado “brevemente” o decreto que regulamenta as alterações anunciadas há quase três semanas.
De acordo com a ministra, a proposta apresentada esta tarde pela Plataforma Sindical “cabe, basicamente, numa folha A4” e contempla sobretudo a auto-avaliação pelos docentes, sem observação de aulas e sem envolvimento da direcção da escola, nem qualquer possibilidade de distinção do mérito, correspondendo, assim, “a um grave regresso ao passado”.
“Os sindicatos não apresentaram nenhuma proposta verdadeiramente alternativa para uma avaliação credível dos professores. Era minha convicção no passado, e é agora ainda mais, que nenhuma razão pode ser invocada para se suspender o modelo de avaliação”, acrescentou, admitindo que a divergência com os sindicatos se mantém “grande” no que diz respeito a esta matéria.

Reunião na próxima semana para discutir estatuto

Apesar de não ter sido alcançado um acordo sobre a avaliação de desempenho, as duas partes voltam a reunir-se na próxima segunda-feira para discutir o Estatuto da Carreira Docente (ECD).
A Plataforma Sindical já avisou que a revisão do estatuto terá de passar pela eliminação da actual divisão da carreira em duas categorias (professor e professor titular), mas a ministra entende que esta divisão “é muito importante”. Lurdes Rodrigues diz, por isso, estar apenas disponível para discutir a forma como esta hierárquica se concretiza, mas garante que não abdica da existência de quotas, pois “os lugares de topo são em menor número do que os de início”.
Antes da ministra, Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical revelou que o desacordo com a ministra foi “absoluto” no que diz respeito à avaliação, uma vez que a tutela “não aceitou um único item da proposta trazida pelos sindicatos”. Nesse sentido, os sindicatos decidiram manter a greve agendada para o dia 19 de Janeiro e vão fazer circular, a partir de amanhã, uma petição nas escolas, em defesa da suspensão da avaliação.

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