quarta-feira, maio 07, 2008

"'24 Horas' ainda está na sua juventude"



"O 24 Horas é uma publicação independente de qualquer poder. A sua vocação é retratar as preocupações do cidadão e do consumidor, respeitando os sentimentos da comunidade e, também, os direitos das minorias e dos desprotegidos." Assim se podia ler na primeira edição do 24 Horas, a 5 de Maio de 1998, refere o dicionário Jornais Diários Portugueses do Século XX, de Mário Matos e Lemos, Ariadne Editora, na página 630. Passada uma década, o seu actual director, Pedro Tadeu, explicou ao DN que "o que o diferencia dos outros é a coragem, o arrojo e o descompromisso".
Fundado por José Rocha Vieira, o 24 Horas teve os seus primeiros anos "muito acidentados", segundo contou Pedro Tadeu. "Os suíços [Edimpress] saíram ao fim de algum tempo e Rocha Vieira ficou sozinho, com a iminência de fechar o jornal. A instabilidade só acabou com a liderança de Alexandre Pais, era eu chefe de redacção", recordou Tadeu, que assumiu a direcção em 2003. "Comigo, o 24 Horas ficou mais educado, passou a ser o que é hoje", disse o director do diário detido pela Controlinveste, ao qual pertence também o DN.
"O 24 Horas é um jornal entusiasmante", mas "duro de se fazer. Não é fácil, sobretudo por causa da confrontação com as fontes, alvos das nossas notícias", defendeu Tadeu que acreditou: "Só por ser como é, é que tem o impacto que tem." Daí, que entendesse que fazia falta ao País por causa da sua "característica corajosa".
Uma vertente que se consubstancia na forma diferente de tratar os temas que os outros meios falavam de um modo mais institucional. É o caso do Big Brother, que "só começou a ser falado pelos outros passados três meses de nós escrevermos", disse Pedro Tadeu Aconteceu o mesmo com o caso Casa Pia ou com a Maddie.
Relativamente ao processo Envelope 9, que resultou da publicação, em Janeiro de 2006, de uma notícia no âmbito do processo de pedofilia da Casa Pia, tendo levado à apreensão (pelo Ministério Público e Polícia Judiciária) dos computadores dos jornalistas autores e, no início de 2008, o desfecho do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa de não levar os dois jornalistas arguidos a julgamento, o director do 24 Horas defendeu que foi bom para o jornal e para o jornalismo. "Ganhámos em todas as frentes, os jornalistas não cometeram crime algum", reforçou.
Instando a revelar que futuro espera para o jornal que dirige, Pedro Tadeu respondeu: "Os jornais não são eternos, têm o seu período de vida, mas o 24 Horas ainda está na juventude." Pelo que, durante este ano seja expectável "evoluir para uma solução editorial absolutamente alternativa", disse, escusando-se revelar mais pormenores, apenas que está "atento à sociedade que vai mudando" nos hábitos, gostos e necessidades.
Na Segunda-feira, lançou uma edição especial, em que elegeu os 24 portugueses mais influentes. "Ganhou Cavaco", revelou Pedro Tadeu.

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