quarta-feira, setembro 15, 2010

Sindicatos preocupados com aumento do desemprego em 2011



Na véspera do Conselho Europeu

Os representantes da UGT e da CGTP manifestaram hoje a sua preocupação com o aumento do desemprego em 2011 e defenderam uma subida das pensões e dos salários.

“As previsões do Governo sobre o desemprego em 2011 são irrealistas, devendo crescer em termos médios anuais 1,5 pontos percentuais, para os 11 por cento, se não houver medidas para o combater”, disse o secretário-geral da UGT.
João Proença falava no final de uma audiência com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, que hoje recebeu os representantes dos parceiros sociais (patronato e sindicatos) para falarem sobre Conselho Europeu, que se realiza na quinta-feira.
O líder da UGT referiu também que nos últimos tempos tem “estado sobre a mesa”, nomeadamente, a discussão do acordo sobre o salário mínimo e a entrada em vigor do Código Contributivo da Segurança Social.
“Estamos abertos a discutir, mas recusamo-nos a falar isoladamente sobre as pensões e o aumento dos salários”, sem abordar aquelas questões fundamentais.
Já Graciete Cruz, da comissão executiva da CGTP, admitiu que, além das políticas de emprego e da precariedade, “a valorização dos salários e das pensões é muito importante sobretudo para os mais desfavorecidos”.
Ambas a centrais sindicais, consideraram que quer a política salarial, quer o aumento das pensões, que pode influenciar o crescimento da economia portuguesa.
“É preciso garantir que as pessoas não percam poder de compra, especialmente os mais desfavorecidos e quem tem pensões mais baixas”, sublinhou a dirigente da CGTP.
O problema da elevada carga fiscal e a sua repercussão sobre o desemprego preocupa também as centrais sindicais, bem como os representantes patronais, pois tem repercussões no aumento do nível do desemprego no país.
Por seu turno, o representante das associações patronais portuguesas, João Vieira Lopes, disse, no final do encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros, que “não se pode [o Governo] compadecer com a divergência de competitividade com países que fazem dumping social, o que tem um forte impacto na estrutura da economia portuguesa, sobretudo nos sectores tradicionais”.
João Vieira Lopes referiu também que o Governo português deve levar ao Conselho Europeu, a importância do tema da dinamização da economia, a qual “está a ser relegada para um segundo plano”.
“Só uma dinamização da economia, diminui a chaga do desemprego”, concluiu.
Por seu turno, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, esclareceu que com a crise financeira os problemas das funções da União Económica e Monetária (UEM) têm acentuado as pressões sobre o euro.
“É entendimento geral que é preciso articular melhor a política económica da União Europeia e dos Estados membros de forma a que se criem as condições de “confiança, de sustentabilidade no euro e do valor do euro nos mercados internacionais”.
No Conselho Europeu de quinta-feira vai falar-se e fazer-se um ponto de situação sobre o novo modelo de governação económico para a União Europeia (UE), com o propósito de que “possa se possa retomar o crescimento [económico] sustentado”, disse o ministro Luís Amado.
O governante adiantou igualmente que se falará no Conselho Europeu sobre a política externa da União Europeia.

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