domingo, dezembro 26, 2010

Sócrates vê "animadores sinais de recuperação"



Mensagem de Natal

Apelos à confiança e à determinação em vencer a crise económica foram lançados este sábado pelo primeiro-ministro na sua mensagem de Natal. Sem esconder as dificuldades para 2011.

A crise económica e social dominou a mensagem de Natal do primeiro-ministro, José Sócrates. Mas se a consciência da realidade portuguesa foi acentuada por Sócrates, o chefe do Governo garantiu que está determinado e a trabalhar para a recuperação da economia portuguesa.
Não escondendo as dificuldades que se prevêem para 2011, afirmou: “Tenho plena consciência do esforço que está a ser pedido a todos os portugueses. Mas quero que saibam que este é o único caminho que protege o país e que defende o interesse nacional”.
Sócrates começou por considerar que 2010 “foi, sem dúvida, um dos mais difíceis e exigentes da nossa história recente”, devido aos “efeitos da maior crise económica mundial dos últimos 80 anos”. Sublinhou, porém, haver “animadores sinais de recuperação económica que se registaram ao longo deste ano — na Europa e também aqui em Portugal, em particular com o bom crescimento das nossas exportações”. Mas não escamoteou que “a crise deixou as suas marcas”.
Um dos efeitos apontado por Sócrates foi “a séria crise de confiança que se abateu nos mercados financeiros sobre as dívidas soberanas dos países do euro”, uma situação que “levou à subida injustificada dos juros, e afectou todas as economias europeias”. Sócrates está convencido que o Governo “definiu metas ambiciosas para 2010 e 2011” que serão cumpridas, pois o que está em causa é “o financiamento da economia, a protecção do emprego, a credibilidade do Estado português, e o próprio modelo social”.
Defendendo que o que há a fazer não compete só ao Governo, mas a toda a sociedade, Sócrates garantiu que foi com um espírito de “diálogo social” que foram lançadas as 50 medidas para a Competitividade e o Emprego e que foi dado o “aumento do salário mínimo nacional para os 500 euros já no próximo ano”.
Mas o primeiro-ministro quis também lembrar o que considera que correu bem este ano e fez questão de referir a melhoria de Portugal nos resultados de Portugal na avaliação da educação a longo prazo do programa PISA da OCDE. “Este progresso colocou, finalmente, Portugal na média da OCDE, que inclui os 30 países mais desenvolvidos do mundo”, frisou o primeiro-ministro, acrescentando ainda que “Portugal foi mesmo um dos países que mais progrediu nos domínios da leitura, da matemática e da ciência”.
E contrariando qualquer interpretação que menorize este resultado, Sócrates sustentou que “este progresso não foi um resultado isolado ou ocasional”, já que “há outros domínios igualmente importantes em que Portugal já alcançou o nível dos países mais desenvolvidos”. E exemplificou: “81 por cento dos nossos jovens entre os 15 e os 18 anos frequentam a escola, 35 por cento dos jovens com 22 anos estão hoje no ensino superior”.
O primeiro-ministro defendeu ainda que o “progresso” na educação “é essencial para o futuro” e nomeou: “Essencial para o êxito pessoal dos nossos filhos, para a igualdade de oportunidades no nosso país e para o sucesso da nossa economia”.
Sócrates apelou depois à “confiança” dos portugueses para “superar as dificuldades do momento, garantindo o financiamento do Estado e da economia”. O primeiro-ministro defendeu ainda que será posta em prática “uma agenda de crescimento da economia e do emprego, fazendo-o com diálogo e concertação social”. Isto porque considera que é preciso “prosseguir nas reformas estruturais em sectores como a energia, a educação, a ciência, a tecnologia, que sustentam o desenvolvimento e a coesão social”.

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