quarta-feira, janeiro 14, 2009

Portugal Telecom inicia emissões piloto da televisão digital terrestre a 29 de Abril

Televisões pedem apoios do Estado para preparar transferência para as emissões digitais. Governo admite antecipar para 2011 fim do sinal analógico.

Dentro de três meses e meio vão arrancar em Portugal as emissões de televisão digital terrestre (TDT). A fase de testes vai abranger entre 10 a 12 localidades, no continente e ilhas, mas o objectivo é chegar a 80 por cento da população até final deste ano.
A promessa foi feita ontem pelo presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava, na apresentação do Fórum TDT, um projecto de promoção e esclarecimento sobre a nova tecnologia, em que também participam a SIC, a TVI e a RTP.
A PT, que ganhou as licenças para operar a TDT (embora o concurso para os canais pagos esteja bloqueado nos tribunais), diz que o país está em condições de antecipar em um ano o final das emissões analógicas. O "apagão" analógico ocorrerá na União Europeia em Janeiro de 2012, mas, pelas contas da PT, Portugal poderá fazê-lo em Janeiro de 2011.
Apesar do repto lançado por Bava, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, recusou avançar uma data e adiantou que o objectivo do Governo é promover "algures em 2011" o desligamento do sinal analógico.
A escolha das localidades que a partir de 29 de Abril poderão experimentar as emissões gratuitas em formato digital ocorrerá nas próximas semanas. Zeinal Bava garantiu que não se resumirão apenas às zonas da Grande Lisboa e Grande Porto. A intenção é escolher localidades "que exemplifiquem o esforço nacional [de cobertura] que queremos fazer", explicou.
Mas, se entre a PT e operadores de televisão parece certo que "o alinhamento" de esforços é a melhor maneira de garantir o sucesso da TDT, entre televisões e Governo ainda há arestas por limar. Isso mesmo mostraram as palavras do presidente do grupo Impresa (dono da SIC), Francisco Pinto Balsemão, que aproveitou o momento para dizer a Mário Lino que os operadores não querem arcar com os custos de promoção da TDT e, muito menos, com a factura da subsidiação das caixas descodificadoras de sinal (para os televisores que não estão preparados para a TDT).
Segundo Zeinal Bava, os modelos mais básicos custarão menos de 50 euros, não havendo ainda preços definidos para aqueles com mais funcionalidades.
Além do pedido de apoios do Estado, em que foi secundado pelo administrador delegado da TVI, Miguel Gil - que no final do encontro defendeu a criação de incentivos fiscais para operadores e consumidores -, Balsemão levantou ainda a questão do destino a dar ao espectro radioeléctrico libertado com a passagem para a TDT (o chamado dividendo digital).
O presidente da Impresa defendeu que, em compensação e até 2022 (quando terminam as licenças de emissão da SIC e TVI), estes operadores deverão usufruir da "atribuição prioritária de frequências para o DVB-H [televisão no telemóvel]" por forma a diversificar fontes de receita.
À margem da apresentação, Mário Lino escusou-se a adiantar se estão a ser estudados apoios ou subsídios e afirmou apenas que "o Governo vai dar todas as condições aos portugueses para que tenham acesso à TDT."

80%

A Portugal Telecom conta ter 80 por cento do país com cobertura de televisão digital terrestre no final deste ano e chegar à totalidade do território em Dezembro de 2010

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