sábado, novembro 15, 2008

Greves até ao Natal são "forte hipótese"

Professores. Na véspera da 'manif' de independentes, a plataforma sindical avisa que se reúne 2.ª-feira para discutir a situação actual e pode anunciar greves ainda antes do Natal. Entretanto, 124 escolas e agrupamentos já terão suspendido unilateralmente as avaliações, e os sindicatos pedem mais

Independentes protestam hoje no Marquês

A plataforma sindical de professores reúne na próxima segunda-feira, para fazer um balanço da actual situação em torno da avaliação, e Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) adiantou ao DN que o agendamento de "uma ou várias greves", ainda no 1.º período de aulas, é uma "forte hipótese".
"Essa possibilidade já constava da moção aprovada no dia 8, na manifestação de 120 mil professores, e o que ficou definido foi que nesta reunião faríamos uma reflexão sobre o posicionamento do Ministério", explicou. Face à actual situação, acrescentou, é "forte hipótese" que, além da greve marcada para 19 de Janeiro - que servirá para assinalar um ano desde a aprovação do actual estatuto da Carreira Docente -, sejam agendadas paralisações totais ou parciais nos próximos tempos.
Para hoje, às 14.00, está marcada uma manifestação em Lisboa, com concentração no Marquês de Pombal, convocada pelos movimentos independentes do sector. Uma delegação destes professores será recebida pelo PSD na Assembleia da República, por volta das 14.30.

124 "efectivamente" paradas

Entretanto, a Fenprof divulgou ontem em conferência de imprensa uma lista de 124 escolas ou agrupamentos que terão suspendido unilateralmente as avaliações, por decisão dos professores: 33 no Norte, 48 na Região Centro, 29 na Grande Lisboa e 14 no Alentejo e Algarve. O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, admitiu ontem "dois" casos.
Esta quinta-feira, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, adiantou que o Ministério já tinha rejeitado todos os "pedidos" de suspensão recebidos.
Mário Nogueira garantiu, no entanto, que os 124 casos "são suspensões efectivas", que "não têm a ver" com os pedidos que a ministra rejeitou. "Se considerássemos esses pedidos, a par de outras situações, como o adiamento de procedimentos, seriam muitos mais", garantiu, acrescentando: "O que estamos a fazer agora é pedir a todas as escolas, incluindo as que viram os pedidos recusados pela ministra, que avancem em definitivo para a suspensão".
A ministra da Educação já avisou que as recusas da avaliação serão consideradas "actos individuais", sujeitos a "consequências", ao mesmo tempo que lembrou os professores que a avaliação deste ano não terá consequências negativas em termos de avaliação.
Mário Nogueira responde que os professores "são pessoas informadas" e sabem com o que contam: "O facto de se avançar para a suspensão sabendo que a avaliação não terá consequências este ano é a prova de que os professores não se opõem ao actual modelo por medo, mas porque sabem que este prejudica o seu trabalho nas escolas com os alunos".
Outra ideia rejeitada pela plataforma é que a saída dos sindicatos da Comissão paritária de acompanhamento do processo tenha inviabilizado o diálogo: "Essa é outra mentira", disse Mário Nogueira. "A comissão não era um órgão de negociação política, nem tinha lá nenhum governante. Continuamos disponíveis para fazer essa negociação em sede própria".

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