segunda-feira, julho 05, 2010

Pistola e facas invadem praias



Linha de Cascais: Escalada de violência no Estoril e Carcavelos

A violência instalou-se novamente ontem nas praias da Linha de Cascais. Pouco depois das 14h00, um tiro ecoava em plena praia do Tamariz, no Estoril. Um jovem foi baleado depois de cercado e agredido por um grupo que decidiu acertar contas com milhares de banhistas à volta. Estava lançado o rastilho para uma tarde de terror.


Pouco depois, duas pessoas eram esfaqueadas em novos confrontos entre gangs. Ao final do dia, a PSP estava em força na praia de Carcavelos também por desacatos. O Corpo de Intervenção chegou mesmo a estar de prevenção, mas não foi accionado.
O sentimento de insegurança é geral. Os banhistas começam a ter medo e os comerciantes fecham as portas com a invasão de grupos oriundos de bairros problemáticos de toda a área metropolitana de Lisboa, que acorrem às praias em grande número através dos comboios, onde se tem verificado uma escalada de medo e violência.
Apanhadas no meio de actos de vingança entre grupos, foram várias as pessoas que tiveram de se esconder debaixo das mesas das esplanadas junto à praia com medo de serem atingidas. Carolina Enes, proprietária da Endorfinas, uma empresa de actividades náuticas confessou que não trabalha desde sexta porque os empregados despediram-se depois de três ataques feitos por mais de meia centena de jovens em apenas uma semana. 'Tudo começou no sábado quando fomos atacados por mais de 80 homens que queriam destruir tudo. Ameaçaram os nossos empregados que se despediram no dia seguinte. É impossível trabalhar assim', lamenta a única empresária do sector na praia do Tamariz. Depois do ataque de sábado somaram-se outros actos de vandalismo na terça e quinta-feira igualmente com grupos rivais. 'Um dos nossos empregados até foi empurrado para dentro de água. Perdeu o telemóvel', continua, desolada.

PORMENORES

C.I. AO FIM-DE-SEMANA

A PSP anunciou recentemente que o Corpo de Intervenção vai reforçar o patrulhamento nas praias da Linha aos fins-de-semana.

POSTOS FECHAM

Os desacatos no Estoril obrigaram ao encerramento temporário dos postos de apoio ao programa de ocupação de tempos livres ‘Maré Viva’.

SOCORRO SEM CHAMADAS

Nem o INEM nem os bombeiros foram chamados para qualquer ocorrência no Estoril.

GNR VOLTA AO BAIRRO DO ASILO, EM ALMADA

A madrugada de ontem no Bairro do Asilo, no Monte da Caparica, em Almada, também voltou a ser agitada. Segundo o CM apurou junto do Comando da GNR, a explosão de uma bomba artesanal e o lançamento de dois very lights contra uma patrulha da GNR, cerca das 02h30, motivou a intervenção das autoridades. Não chegou a haver detenções ou confrontos. No bairro, alguns moradores garantem que não houve rebentamento de qualquer bomba ou desacatos. 'Estava a haver duas festas de anos na associação dos moradores e a GNR chegou lá e disse que a festa tinha de acabar e mandaram toda a gente para casa. Vêm cá para provocar', disse ao CM António Mendes, morador. A Unidade de Intervenção da GNR esteve no local . Na terça-feira, desacatos acabaram com 19 detidos.

'O QUE ESTÁ PROMETIDO É ANEDÓTICO'

O presidente da Câmara de Cascais (PSD) responsabilizou ontem o Ministério da Administração Interna pela sucessão de episódios de violência nas praias da Linha. Para António Capucho, a falta de reforço do policiamento 'ou é irresponsabilidade, incompetência ou então perseguição'. Segundo a PSP, 'o reforço é efectivo desde o passado dia 21 de Junho, altura em que se iniciou a operação ‘Verão Seguro’'.
Sobre a promessa de reforçar o patrulhamento aos fins-de-semana com elementos do Corpo de Intervenção, o autarca afirmou que 'o que está prometido é caricato, é anedótico'.

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