sexta-feira, outubro 15, 2010

Aeroportos de Paris sem abastecimento de combustível



Greve em França

As autoridades confirmam que foi suspenso o abastecimento de combustível aos aeroportos de Paris. A refinaria que fornece os aeroportos de Paris não funcionava desde manhã devido à falta de produtos petrolíferos, avançou a sociedade Trapil que faz a gestão da refinaria, no contexto do bloqueio ligado ao protesto contra a reforma do estado de previdência. Este anúncio foi feito numa altura em que se verifica um bloqueio em 10 das 12 refinarias no país devido aos protestos laborais contra a reforma das pensões.

O braço de ferro está instalado entre o governo francês e sindicatos em torno de depósitos de combustível. E a mobilização em França contra reforma da previdência transforma-se num impasse entre o governo e os sindicatos em torno dos depósito de combustível ocupados pelos grevistas.
Esta manhã unidades de polícia de choque entraram sem incidentes em quatro depósitos de combustível, que foram bloqueados por grevistas em Fos-sur-Mer (sul) Bassens (sudoeste), Cournon d'Auvergne ( centro) e perto de Toulouse (sudoeste).
Mas muitos outros depósitos continuam bloqueados, especialmente no noroeste de França em acções que se tornaram a principal alavanca na disputa sobre a reforma das pensões. Desde a produção que o combustível é afectado pelo bloqueamento dos terminais de petróleo, nos portos e pelas greves nas refinarias.
Os sindicatos não cedem perante um governo que reafirmou a sua inflexibilidade sobre as medidas-chave da reforma (mudança da idade de reforma de 60 para 62 anos da idade mínima de 65-67 anos para reforma integral ) e convocaram nova jornada de luta com greves e manifestações para o dia 19 de Outubro.
O movimento contra a reforma do estado de previdência tem forte apoio popular e 54% dos franceses apoiam uma greve geral.

Polícia reabriu depósitos de combustível, sindicatos prolongam greve

A polícia francesa desbloqueou esta manhã o depósito estratégico de combustíveis de Fos-sur-Mer, no sul de França, uma acção criticada pelos sindicatos, que prolongam pelo quarto dia o apelo à greve em vários sectores.
Os sindicatos de vários sectores, incluindo transportes, operações portuárias, marinha mercante e combustíveis, lançaram na terça-feira uma greve contra o novo regime de reformas, apoiada também pelos estudantes de centenas de liceus em todo o país.
A reabertura do depósito de Fos-sur-Mer, em Marselha (sul), que estava bloqueado por trabalhadores em greve, aconteceu sem incidentes mas o secretário-geral da Confederação Geral de Trabalhadores (CGT), Bernard Thibault, reagiu de imediato condenando a intervenção das forças de segurança.
"Não é este o método que permitirá sair do impasse sobre a alteração das reformas", afirmou o secretário-geral da CGT, e outros dirigentes sindicais declararam que a intervenção da polícia "demonstra que o governo está mais virado para a repressão do que para a negociação".
Pelo porto de Fos-Marselha entram 40 por cento do petróleo bruto importado por França e o bloqueio desta instalação afecta metade das refinarias francesas.
Dez das 12 refinarias na França metropolitana estão a ser fortemente perturbadas pela greve iniciada na passada terça-feira e teme-se uma penúria de combustíveis, o que provocou em vários pontos do país a formação das primeiras filas de automobilistas junto de estações de serviço.
Vários responsáveis governamentais têm afirmado que não há risco de escassez de combustível mas o secretário de Estado dos Transportes francês, Dominique Bussereau, lançou na quinta-feira um apelo aos automobilistas para não acorrerem aos postos de abastecimento.
O consumo de gasolina em França aumentou em 50 por cento esta semana, lembrou Bussereau, acrescentando que existe combustível "para um mês".
Na noite de quinta-feira, a líder da oposição, Martine Aubry, secretária geral do Partido Socialista, numa entrevista ao canal France 2, apelou ao Governo para "cancelar o debate" sobre o regime de reformas actualmente a decorrer no Senado.
Martine Aubry apelou "à negociação, à discussão e à justiça" em torno de uma reforma que "é necessária" mas não, afirmou a líder da oposição, através de "uma estratégia do pior".
O novo regime de reformas foi aprovado pela Assembleia Nacional a 15 de Setembro e a votação final no Senado está agendada para 20 de Outubro.

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