sexta-feira, outubro 15, 2010

Formar estudantes através de projectos de voluntariado



Melhor escola

Colégio de Nossa Senhora do Rosário recebe alunos dos 3 anos até ao 12.º ano. É a melhor escola do 'ranking'.

"O trabalho, o esforço, a exigência, a competência do que se faz são os segredos". Eis a receita deixada por João Trigo, director do Colégio de Nossa Senhora do Rosário, no Porto, a melhor escola no ranking do DN deste ano. Os alunos, por seu turno, destacam a formação que recebem, não só enquanto estudantes mas também como cidadãos. "Há experiência inesquecíveis", garante Ana Loureiro, de 17 anos de idade.
As experiências inesquecíveis de que fala esta aluna ganham forma em projectos de voluntariado que o colégio proporciona a alunos e professores. Um deles em Moçambique, onde, durante um mês nas férias de Verão, 12 alunos e quatro a cinco professores dão apoio escolar a crianças locais.
"É um projecto que nos enriquece enquanto pessoas, mas que nem todos têm capacidade de fazer porque é violento a nível psicológico e mesmo físico", conta António Ribeiro, de 17 anos e que já participou neste projecto. "Abriu--me novos horizontes, permitiu- -me conhecer novas culturas e novas gentes", explica este aluno, que, com média de 18,4 valores, hesita entre uma candidatura a Medicina ou a Bioengenharia.
O director do colégio reconhece que projectos como este ou como o de apoio a sem-abrigo ou a crianças dos bairros de Ramalde e Campinas "têm uma marca resultante do cariz católico do colégio". Mas assegura que é, também por isso, uma marca do seu projecto educativo. "Permite que os nossos alunos tenham contacto com realidades que não são do seu patamar social, mas que, também por isso, é importante que a conheçam", frisa João Trigo.
Para Ana Rita, aluna do colégio há sete anos, "o nível de exigência é maior", mas, simultaneamente, "enriquece os alunos muito além da componente académica", sobretudo através da participação nos projectos sociais. Embora reconheça que os alunos ficam "muito bem preparados para os exames".
Com 1492 alunos desde o pré- -escolar ao 12.º ano e um corpo docente na casa dos cem professores, o sucesso e a fama do projecto educativo do colégio têm levado a um aumento do número de candidatos. "Temos uma procura na ordem dos 800 alunos para cerca de cem a 150 vagas", sublinha o director do colégio, que já este ano preencheu todas as vagas para o ano lectivo de 2011/12.
Depois de no ano passado ficar no segundo lugar do ranking das escolas do DN (ver caixa), o colégio registou este ano a melhor média. Embora se mostre satisfeito com estes resultados e sublinhe a responsabilidade que tal distinção acarreta, João Trigo prefere fazer uma ressalva: "os exames testam o conhecimento teórico, não testam a dimensão pessoal e humana". "É verdade que temos bons alunos, mas também queremos ter boas pessoas e bons cidadãos", conclui o director do colégio.

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